Síndrome do Pânico
Postado em | Escrito por: Romildo Ribeiro de Almeida
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Imagine-se na seguinte situação: Você está fazendo algo que, normalmente faz, dirigindo o carro, caminhando na rua ou assistindo TV. Seu nível de stress é zero. De repente sente um aperto no peito, o coração acelera, começa a transpirar e tem a sensação de que está tendo um enfarte. A vontade é de sair correndo. Os exames no hospital não indicam nada, tudo está normal, o médico lhe dá um possível diagnóstico: Síndrome do pânico.

Segundo a OMS (organização Mundial da Saúde) essa doença acomete em torno de dois por cento da população mundial, ou seja, quase cento e setenta milhões de pessoas sendo que desse número, a maioria são jovens entre 20 e 35 anos e desses, setenta por cento são mulheres.

Perceber sintomas de perigo e mobilizar o sistema de defesa é uma estratégia do nosso organismo para preservar a vida. Não fosse isso, situações fatais como um ataque cardíaco matariam muito mais pessoas, pois sem a presença dos sintomas, não haveria tempo suficiente para buscar socorro médico.

Mas a síndrome de pânico parece ser uma reação exagerada do psiquismo frente à suposição de perigo. Por alguma razão inconsciente, o cérebro dispara uma intensa defesa contra a suposta ameaça e por mais que a pessoa saiba que se trata de um alarme falso, não consegue se controlar, pois o cérebro não faz distinções entre o que é ou não real. A defesa será sempre a mesma e os prejuízos também.

Síndrome do Pânico Aflição

Talvez isso aconteça a partir de um estímulo qualquer que em uma pessoa normal, passaria despercebido. Sabemos que, dependendo da nossa atividade, nosso organismo emite sinais produzindo alterações nos níveis de temperatura, pressão, batimentos cardíacos, nível de glicose no sangue, etc. É o que ocorre, por exemplo, quando subimos um lance de escada ou levamos um susto. Essas alterações são normais e benignas e ocorrem numa intensidade tão pequena que nem nos damos conta da sua existência.

Algumas pessoas, no entanto, apresentam uma sensibilidade mais aguçada e por isso percebem mais essas alterações. A percepção e a interpretação distorcida cria uma ideia falsa de que algo muito perigoso está para acontecer. Pronto, o pânico está instalado e o resto nós já sabemos.

Os remédios ajudam a controlar os sintomas, mas é necessário fazer uma psicoterapia cognitiva para aprender a discernir o que é real do que é imaginário, do contrário a pessoa limita as suas atividades sociais com medo de passar mal desenvolvendo assim o medo de ter medo.

O que fazer diante de uma crise?

Se ela está ocorrendo pela primeira vez, deve-se procurar um médico e certificar-se de que não existe nenhuma doença grave. Mas se os exames não acusarem nada de preocupante e a crise se repetir, o melhor é não fazer nada, pois durante a crise quanto mais se tenta fazer, mais os sintomas se intensificam.

Relaxe Síndrome do pânico

O ideal é tentar relaxar e esperar passar, já que a maioria das crises não dura mais do que dez minutos atingindo um pico e depois diminuindo por si mesma. Se puder, tente usar do humor desafiando seus próprios sintomas.

Não dê asas a sua imaginação negativa e nem se preocupe com o que não é real.

Afinal, já nos bastam os problemas reais do dia a dia. Então, desencane!

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