Postado em | Escrito por: Romildo Ribeiro de Almeida
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A importante missão dos pais no papel de educadores.

Neste mês de outubro dedicado às missões, gostaria de iniciar esse artigo com uma pergunta: Qual o melhor presente que podemos dar a uma criança? A resposta é simples: dar a ela o direito de ser criança deixando-a viver a fantasia, pois esta faz parte da estruturação da sua personalidade. Criança que não teve o direito de ser criança será um adulto problemático.

A criança não é um pequeno adulto como muitos a veem. Ela tem uma capacidade de responsabilidade limitada e, portanto não pode carregar preocupações ou estímulos que seriam de um adulto. Infelizmente é isso que ocorre em diversas situações que não percebemos.

Muitas crianças já nasceram com a missão de segurar um casamento fracassado e sentem esse peso quando presenciam brigas constantes entre os pais. Há famílias com dificuldades financeiras que não filtram os problemas antes de passá-los às crianças. Há ainda aquelas que têm a responsabilidade precoce de cuidar dos irmãos mais novos e outras que têm que se preocupar com a própria segurança, pois vivem em situações de violência doméstica e abuso sexual.

Na outra ponta do problema estão as crianças que recebem prazer além do que podem processar. Têm excesso de prazer representado por brinquedos eletrônicos, tablets, iphones, etc. Algumas estão sendo induzidas precocemente a serem adultas usando roupas, perfumes, cosméticos e dançam funks com coreografias eróticas. Tudo isso com a conivência e o incentivo dos próprios pais.

As escolas por sua vez, estão seguindo o conceito do quanto antes melhor e desde cedo estimulam as crianças no aprendizado de informática e línguas estrangeiras com a justificativa de que é importante prepará-las para o futuro profissional como se a infância fosse um mal a ser superado. Resumindo, a criança com perfil de criança que brinca livremente e carrega somente preocupações adequadas à sua idade, está cada vez mais rara nos tempos atuais.

O processo de adultização da infância rouba delas o que elas têm de melhor: a fantasia, a criatividade e a inocência. Precisamos saber que existe uma força atuante por trás disso tudo. É a força do mercado consumidor. Para esse mercado a criança é um grande potencial de negócios e o quanto antes começar a consumir, melhor será, pois isso significa mais vendas e consequentemente, mais lucros.

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Hoje quando tratamos adultos que buscam ajuda psicológica, vemos que por trás de suas queixas, existe sempre uma criança carente que ficou para trás, que não se divertiu o bastante e que viveu a infância como se fosse um adulto. A maioria dos problemas psicológicos está relacionada a processos não resolvidos na infância que são revividos na fase adulta como forma de compensação das perdas.

A natureza é perfeita, mas é implacável. Deus perdoa sempre, o homem perdoa algumas vezes, mas a natureza não perdoa nunca. O que faltou na infância jamais poderá ser restituído na fase adulta, pois a tentativa acabará sempre num processo compulsivo.

Nós, na missão de pais educadores temos um compromisso e o dever de formar jovens saudáveis para o futuro. Para isso, temos que dar à criança uma vida digna e saudável com o direito de brincar inocentemente e crescer em sabedoria e graça convivendo com outras crianças. Corrija sempre com amor e não tenha medo de dizer não. Eduque mais com exemplos concretos e menos com palavras pois os exemplos ficam e as palavras se perdem pelo ar.

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