Postado em | Escrito por: Romildo Ribeiro de Almeida
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O tempo voa, já estamos no final do ano. Para as crianças que aguardam ansiosamente pelos presentes de Natal, esse tempo parece ser interminável, mas para a maioria das pessoas a sensação é de que o tempo voou.  Por que, afinal, temos a sensação de que o tempo está passando mais rápido?

Uma das respostas para esta pergunta está na relação entre a idade e a percepção do tempo. Para uma criança de dez anos, um ano representa 10% de sua idade enquanto que para um adulto de 50, um ano é só 2%. A impressão é que quanto mais envelhecemos, percebemos o tempo passando mais rápido. Quem nunca viajou com uma criança que faz sempre a pergunta: Falta muito pra chegar?

Mas a reflexão que vale a pena ser feita é sobre a relação entre tempo e qualidade de vida daqueles que vivem nas grandes cidades. O tempo parece que ficou escasso diante de tantos compromissos. São tantos afazeres, tantas informações que envolvem a vida profissional e social que parece que estamos constantemente lutando contra o relógio.

Nem mesmo as férias e os passeios são desfrutados com prazer, pois a compulsão por querer aproveitar ao máximo o tempo de lazer acaba trazendo mais ansiedade do que descanso. Muitas pessoas voltam frustradas de uma viagem, pois faltou tempo para visitar aquele museu ou conhecer tal praia. Essa loucura está acarretando uma doença muito comum chamada de Doença da pressa ou simplesmente Síndrome da pressa.

Falta-de-Tempo

Pelo menos trinta por cento da população sofre desse mal que se caracteriza por uma busca constante de produtividade. A princípio pode parecer algo bom afinal temos que ser competentes, mas a maioria dessas pessoas, com o passar do tempo, torna-se compulsiva por resultados. Dorme-se mal, come-se mal, tudo com o intuito de ser mais eficiente.

Estamos exigindo cada vez mais do nosso cérebro e impondo um ritmo frenético com o intuito de cumprir com as metas que a vida moderna nos impõe.  Ansiedade, síndrome do pânico, depressão, diabetes, gastrites são algumas das complicações resultantes dessa síndrome.

Não por acaso o uso de psicofármacos que diminuem a ansiedade nunca foi tão alto. As indústrias farmacêuticas agradecem, mas a nossa saúde paga o preço, pois esses medicamentos causam dependência. O que fazer?

O ideal mesmo é tentar sair do automatismo que nos é imposto pela vida moderna e começar a apreciar as pequenas coisas que estão ao nosso redor. Precisamos estar mais presentes de maneira consciente nas nossas atividades ao invés de fazer tudo automaticamente como se fôssemos robôs.

O Natal deveria ser uma boa ocasião para isso, pois é o momento de parar um pouquinho e refletir sobre o amor entre as pessoas. Mas estamos preocupados com questões materiais como comprar presentes, enfeitar a casa e realizar a ceia. Perdemos o verdadeiro sentido do Natal e num piscar de olhos nos damos conta que tudo acabou e o que sobrou foi uma montanha de papeis de presentes e caixas vazias jogados no lixo.

Gostaria de terminar esse artigo com um pensamento do Dalai Lama: “Só existem dois dias no ano que nada pode ser feito. Um se chama ontem e o outro se chama amanhã, portanto hoje é o dia certo para amar, acreditar, fazer o bem e principalmente viver”. Portanto, vamos começar hoje vivendo momento por momento. Feliz Natal!

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