Postado em | Escrito por: Romildo Ribeiro de Almeida
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Os riscos dos Smartphones para crianças

Parece que o mundo finalmente está descobrindo algo que parecia claro, isto é, o uso indiscriminado de Smartphone por crianças e adolescentes é prejudicial ao seu desenvolvimento físico e mental. Quase um quarto dos países já proibiram os smartphones nas escolas e alguns estados brasileiros criaram restrições ao seu uso. É indiscutível que o emprego de tecnologias pode auxiliar no desempenho de tarefas escolares, porém o uso de celulares perdeu a sua função principal e está causando sérios problemas nas crianças. Queda do aprendizado, dificuldades de concentração, redução da interação social, insônia, depressão e ansiedade.

Felizmente o debate que discute o banimento do uso do celular no ambiente escolar ganha corpo e alguns países já proíbem o seu uso. É o caso de França, Espanha Grécia, Dinamarca, Finlândia, Holanda, Itália e Suíça. No Brasil, o MEC (Ministério da Educação e Cultura) está trabalhando num projeto para proibir o uso de telefones celulares em sala de aula em todas as escolas, devendo ser anunciado brevemente.

Menos celular mais qualidade. Estudos recentes realizados no Reino Unido mostram que a proibição dos celulares aumentou significativamente as notas dos alunos, especialmente entre aqueles que tinham menor desemprenho. No Japão e na Coreia do Sul, os celulares são preparados com tecnologia especial para serem usados somente para fins pedagógicos, não permitindo o acesso às redes sociais. Em matéria exibida na Folha de São Paulo em 07/09/2024, os próprios alunos da escola Martin Luther King, no Rio de Janeiro, relataram significativa melhora, tanto no desempenho, como no relacionamento social, depois que deixaram o celular.

Proibição soa sempre como uma palavra pesada em relação à liberdade que a maioria das pessoas defende numa sociedade democrática. Mas no caso de crianças e adolescentes, o uso indiscriminado de tecnologias como smartphones, tem se tornado um assunto que envolve não só uma questão de desempenho escolar, mas sim, de saúde mental e física. Algo precisa ser feito com urgência e a mudança pode começar em casa com os adultos que são os modelos mais importantes.

          Desconectando: Por que trocar a vida real que está se revelando à nossa frente por uma falsa experiência de mundo paralelo que a tela nos impõe? Evite o uso do celular na presença das crianças, priorize interações face a face e atividades que envolvam o mundo físico. Esteja sempre conectado, não com o celular, mas consigo mesmo e com o que acontece ao seu redor, afinal, essa é a única vida que importa: a vida real.

Romildo R. Almeida – Psicólogo clínico

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