Brincadeira do copo - uma brincadeira seria
Postado em | Escrito por: Romildo Ribeiro de Almeida
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Quando a mente consciente sai um pouquinho do ar, aí entra em ação o fantástico mundo imaginário do inconsciente onde tudo parece possível, até conversar com espíritos.

O ambiente é uma sala de aula. Os participantes, em geral, são crianças ou adolescentes. Numa pequena mesa, uma cartolina com o abecedário escrito em círculo, a numeração de zero a nove, mais as palavras sim e não. Sobre o centro da cartolina, um copo com a boca virada para baixo. Os adolescentes, de mãos dadas fazem a pergunta: “Espírito, se você estiver aí, movimente o copo”. Alguns colocam o dedo sobre a superfície do copo e segundos depois o copo começa a se movimentar, geralmente, em direção à palavra “sim”. A seguir vêm outras perguntas do tipo: “Você é o espírito de um homem ou de uma mulher?”, “Quando você morreu?”,  seguidas sempre de respostas “dadas pela movimentação do copo”, em direção às letras, formando palavras ou frases. Há outras versões dessa brincadeira usando um compasso no lugar do copo.

As pessoas acreditam que dentro do copo está um espírito que faz o copo se mexer formando as frases, mas o fenômeno é provocado pela própria pessoa, de maneira inconsciente e é explicado pela lei de Bain que diz o seguinte: “Todo fato psíquico determina um reflexo fisiológico e esse reflexo se irradia por todo o corpo e cada uma de suas partes”. Logicamente, o fato psíquico presente nessas brincadeiras é a intenção de se comunicar com o além. Esse desejo faz com que a pessoa, inconscientemente mova o copo pela superfície lisa da cartolina, embora pareça que é o copo que está se movimentando sozinho. E da onde vêm as respostas “dadas” pelo copo? Ora, das pessoas que realizam essa experiência, para ser mais claro, da mente inconsciente dessas pessoas. Isto porque os participantes entram num certo transe onde ocorre um rebaixamento das atividades conscientes. Quando a mente consciente sai um pouquinho do ar, aí entra em ação o fantástico mundo imaginário do inconsciente onde tudo parece possível, até conversar com espíritos.

As crianças e os adolescentes adoram essas brincadeiras. Elas são fascinantes porque dão um misto de medo, curiosidade e poder, exatamente o que a turminha busca.

Não quero ser chato, mas tenho que dizer que a garotada deve ficar longe disso, pois essas práticas podem levar a criança a um automatismo psíquico fazendo com que percam o controle da mente consciente permitindo que o inconsciente venha à tona de maneira indevida.

Os professores devem ficar atentos e alertar os pais para esse perigo, pois as crianças são muito sugestionáveis, isto é entram em transe facilmente e depois não sabem lidar com os fenômenos do psiquismo que são surpreendentes até mesmo para nós adultos.

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