Cleptomania - Até onde o ato de roubar é doença?
Postado em | Escrito por: Romildo Ribeiro de Almeida
1 Comentáro

A prisão do Rabino Henry Sobel pelo furto de quatro gravatas em lojas luxuosas de Palm Beach (EUA), coloca em discussão um distúrbio psíquico difícil de ser aceito devido às suas implicações morais. Afinal subtrair impulsivamente objetos de uma loja é delito ou doença?

A palavra cleptomania vem do grego antigo. Klepto significa roubar. Trata-se, portanto, de uma compulsão para furtar. Quem sofre disso não consegue conter o impulso de se apropriar de objetos, apesar de ter consciência de que o ato é errado e sem sentido.

A pessoa com freqüência tem medo de ser apanhada, sentindo-se deprimida ou culpada. De acordo com o psiquiatra Hermano Tavares, do Hospital das Clínicas de São Paulo, os cleptomaníacos são doentes. Eles sentem prazer no desafio de furtar, e não em desfrutar do produto do furto.

De acordo com o Manual de Diagnóstico e Estatística da Associação Psiquiátrica Americana, DSM IV, cleptomania não é simplesmente um hábito de pessoas que tenham uma boa condição financeira. O DSM IV ensina que a cleptomania faz parte dos Transtornos do Controle dos Impulsos.

A capacidade de resistir a impulsos sejam eles quais forem, é regulada pelo cérebro. As pessoas que sofrem desse distúrbio, simplesmente não conseguem resistir quando estão diante de algum objeto independente da necessidade ou do valor.

Estudos mostram que pessoas com esse distúrbio, têm alterações em uma área do cérebro responsável pelos impulsos e pelo juízo de moral.

Uma outra hipótese diagnóstica vem da       infância. A criança privada e carente de afetos se apodera desesperadamente de objetos para compensar a ausência de carinho e atenção por parte dos pais. Mais tarde isso se transforma numa compulsão.

A característica principal dessa doença e que serve para diferenciar o doente do ladrão, é que o cleptomaníaco não planeja o roubo e nem faz uso do objeto roubado. Ele age por impulso e muitas vezes joga fora ou devolve sem que o dono perceba. Já o ladrão rouba para se beneficiar, planeja o ato com antecedência e dificilmente se arrepende.

Entre em contato!


Uma resposta para “Cleptomania – Até onde o ato de roubar é doença?”

  1. carlos cesar guterres có disse:

    preciso de um tratamento paraa cleptomaniacos

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.