Falando sobre bullying
Postado em | Escrito por: Romildo Ribeiro de Almeida
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É tão comum hoje ouvir falar na palavra bullying, que provavelmente a maioria dos leitores já sabe do que se trata. De origem inglesa, essa palavra significa literalmente valentão e se refere a todas as formas de atitudes agressivas, verbais ou físicas, exercidas por um ou mais indivíduos contra uma pessoa ou um grupo.

Esse fenômeno só passou a ser estudado recentemente, pois antigamente não se dava muita importância a essa questão. No entanto, o bullying é um problema mais sério do que se imagina e não se limita a experiências de agressão sofridas na escola, mas também na família e no trabalho, onde é denominado de assédio moral.

Insultos, ameaças, perseguições, apelidos pejorativos que magoam profundamente, acusações injustas, são alguns exemplos de bullying. O local mais comum onde ocorre, é a escola, mas pode acontecer em qualquer ambiente onde haja relações interpessoais.

A conseqüência mais comum do bullying é perda da auto-estima. A vítima se sente acuada e evita relações sociais causando prejuízos no seu rendimento escolar.

O bullying torna-se perigoso, sobretudo, quando atinge a criança num estágio de desenvolvimento psicológico caracterizado pela ausência do pensamento crítico, ou seja, até os sete anos de idade. Nesta fase a criança absorve as experiências de forma real e concreta podendo sofrer distúrbios que a prejudicarão pelo resto da vida e em casos extremos, pode levá-la, no futuro, a cometer suicídio ou homicídio.

As pessoas envolvidas no bulliying desempenham os seguintes papeis: “vítima típica”, aquele que serve de bode expiatório para um grupo; “vítima provocadora”, aquele que provoca determinadas reações contra as quais não possui habilidades para lidar; “vítima agressora”, aquele que reproduz os maus-tratos sofridos; “agressor”, aquele que vitimiza os mais fracos e por fim os expectadores que assistem passivamente as agressões.

A maioria dos agressores vem de famílias problemáticas e são desajustados do ponto de vista afetivo, talvez usem a agressão ao outro para compensar o próprio complexo de inferioridade. Por outro lado, os observadores são pessoas que convivem com a violência e por isso calam-se por medo de se tornarem as próximas vítimas.

O bulliyng não é um fenômeno isolado; ele faz parte da cultura da violência que está disseminada em todos os segmentos da sociedade. Para diminuir a sua incidência, é necessário disseminar uma contracultura de paz com iniciativas que envolvam todas as instituições como família, escola, igreja, estado, etc.

Como cristãos, não podemos permanecer passivos diante dessa triste realidade. Temos que trabalhar ativamente para que os ensinamentos de Cristo sobre paz e respeito ao outro, prevaleça sobre a violência.

Infelizmente estamos colhendo o que plantamos no passado e se quisermos colher frutos bons no futuro, precisamos, urgentemente plantar no coração das crianças, sementes de paz e de solidariedade.

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