Na edição anterior da Folha Diocesana, o meu colega do lado, Paulo Marinho, escreveu importante e esclarecedor artigo sobre TDAH (Transtorno de Déficit de Atenção/Hiperatividade).
Quando soube que o super campeão Olímpico, o norte americano Michael Phelps era ou ainda é portador desse transtorno, decidi também escrever algo sobre o assunto.
Phelps foi desenganado profissionalmente quando era criança. Uma professora chegou a dizer à sua mãe que ele não era capaz de se concentrar em nada. Traduzindo, não tinha futuro algum.
Quantas mães ouvem o mesmo diagnóstico e recebem os mesmos prognósticos sobre o futuro dos seus filhos que sofrem desse mal?
A verdade é que ninguém chega aos resultados que ele chegou se não tivesse uma incrível capacidade de se concentrar em um objetivo. Phelps revela que treina cerca de sete horas por dia e nos quatro anos que antecederam os jogos olímpicos de Pequim, só deixou de entrar na piscina, em quatro dias.
Parece que em alguns casos de Hiperatividade, a incapacidade de concentração, dá lugar à uma hiperconcentração como se observa no caso de Phelps.
Infelizmente, a maioria das escolas, não está preparada para lidar com o problema dos hiperativos e a responsabilidade acaba recaindo quase toda, sobre a família que também não sabe muito o que fazer.
Os hiperativos possuem uma energia intensa e imaginem o que é exigir que uma criança dessas, fique trancada numa sala de aula, obrigada a decorar informações que não fazem sentido para elas e muitas vezes, nem para nós adultos.
As constantes avaliações negativas em relação ao desempenho escolar, vão criando no inconsciente dessas crianças uma repulsa à escola e consequentemente uma baixa na sua auto-estima. Com o tempo, nem elas mesmas acreditam no próprio potencial.
O caso de Phelps nos ensina que quando se descobre um talento, se descobre o prazer e com ele se abrem portas para objetivos sem fim. Porque quem tem um objetivo na vida, é capaz de se concentrar nele e transformar o que seria fracasso, em sucesso.
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