Um site da internet que me foi indicado, (não vou dar o endereço para não propagar o que não presta) trazia uma foto de uma menina que parecia ter sido tirada de um desses filmes de terror. Olhos esbugalhados, expressão cadavérica, vestida de preto, segurando uma boneca na mão. Uma imagem assustadora. Até aí nada de mais, não fosse as advertências publicadas antes de se mostrá-la: “…. Não fixe o olhar, não encare os olhos da menina, se começar a se sentir inquieto, feche a foto, se sentir uma incontrolável vontade de ficar olhando, apague a foto de seu micro…”. O site informava que a foto fora tirada na Indonésia durante um massacre. O fotógrafo estaria fotografando apenas um corredor vazio mas ao revelar o filme, teria aparecido a tal imagem. Alertava-se também que várias pessoas que haviam fitado a imagem ficaram loucas, outras morreram ao tentar estudá-la. “Estudiosos” teriam dito que se tratava de foto da “além vida” ou de pessoas “desencarnadas”. Prosseguia o alerta dizendo que várias pessoas dizem não ver nada na foto, além de um corredor vazio. Outras juram que vêem a figura fazendo um sinal como se desse adeus, outras dizem ainda que a figura os chama, enfim o site dissemina pânico e terror além de uma série de desgraças que podem acontecer a quem se atrevesse a olhar a foto por algum tempo.
Agora vamos às constatações: Fiquei olhando a foto por mais de trinta minutos e nada me aconteceu. Nunca estive tão bem. Diziam também que o jornal Folha de São Paulo teria tentado publicar a foto, sem conseguir. Imprimi a foto na minha impressora, sem nenhum problema. Fiquei sabendo, porém que algumas pessoas ficaram perturbadas ao olhar o site, mas sabem por quê? Porque ficaram hipnotizadas. Com certeza não foi a foto que perturbou e sim o alerta que se fez em torno dos “perigos” de se olhá-la. É possível sugestionar as pessoas de maneira indireta dando uma indução contrária. Por exemplo: “Não abra este livro”, “Não olhe para traz” são sugestões indiretas para abrirmos o livro e olharmos para traz.
Muitas lojas colocam um cartaz sobre um determinado produto com os dizeres: “Vendido” ou “esgotado”. A pessoa que lê o cartaz fica interessada em comprar aquele produto. O vendedor adverte que não é possível mas, muito gentil diz que dará um jeito e de repente consegue um. Pronto! Está feita a venda. É assim que funciona. Na TV, também vemos a mesma estratégia sendo usada quando o apresentador diz: “A seguir vocês verão cenas fortes” e pede que pessoas nervosas saiam da sala ou mudem de canal. Certamente, mais pessoas ficam interessadas.
No caso da foto, depois de ler tantos avisos de perigo e verem a imagem, algumas pessoas mais sensíveis, ainda que corajosas, ficam perturbadas por terem introjetado no inconsciente a sugestão de perigo. Elas que provocam em si mesmas os efeitos danosos e não a foto. Por outro lado, as palavras “desencarnadas e além vida” são usadas pelos que acreditam na reencarnação para se referir a morte.
A foto, na minha opinião, não passa de uma montagem barata mas poderia ser também um caso de projeção da energia do inconsciente da pessoa que fotografou, o que não é raro de acontecer. Em certas fotografias podem aparecer vultos de pessoas já falecidas ou objetos e isto se chama ESCOTOGRAFIA. Mas a crença popular prefere acreditar em fantasmas ou espíritos dos mortos.
A internet, não resta dúvida, é um importante meio de comunicação e pesquisas que deve ser valorizado. Todavia, está carregada de comunicações subliminares, isto é, inconscientes, para agir direta e negativamente no nosso psiquismo, com o intuito de destruir a nossa fé cristã. Todo cuidado é pouco, principalmente para os jovens, ávidos de novos conhecimentos e fascinados por novas experiências.
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