Afetividade da mulher
Postado em | Escrito por: Romildo Ribeiro de Almeida
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Nesta semana em que comemoramos o dia internacional da mulher, vamos refletir um pouco sobre a afetividade feminina num aspecto específico: O casamento.

A mulher, mais que o homem, tem uma expectativa mais alta em relação ao casamento devido a um fator que pesa sobre ela: o da maternidade. Esse fator faz com que ela tenha uma ansiedade muito maior que a do homem, sobretudo quando ela tem contra si a ameaça do tempo. É como se existisse uma contagem regressiva marcando o tempo em que terminará sua capacidade de gerar filhos.

Apesar das conquistas alcançadas pelos movimentos feministas nos últimos tempos, a mulher ainda se vê presa a uma exigência psicológica que a coloca numa encruzilhada onde parecem existir somente duas possibilidades: a de ser mãe ou ter que lidar com a culpa pelo fracasso da maternidade.

Um homem na faixa dos quarenta anos, solteiro e sem filhos, desperta sentimentos muito mais positivos do que negativos por parte da sociedade em relação à sua condição. O mesmo não se pode dizer a respeito da mulher em situação idêntica, ficando muito mais visível a impressão de que ela é uma fracassada.

O título de “solteirão” soa muito mais como um elogio, ao passo que o de “solteirona” carrega um significado indiscutivelmente, negativo: encalhada.

Creio que essa ansiedade da mulher na busca por um parceiro a fim de cumprir seu papel psicológico imposto pela sociedade, a torna mais vulnerável e sujeita a um casamento onde o que importa é muito mais o objetivo do que o objeto. Dessa forma o casamento se torna mais importante do que a pessoa com quem se está casando.

Nesse contexto a mulher trai a si mesma, pois quando diz que ama um homem, na verdade pode estar amando só o casamento. Essa armadilha só será percebida quando vêm as primeiras crises conjugais onde ela percebe que junto desse casamento que ela tanto queria, tem um homem para atrapalhar. Talvez por isso as “produções independentes” estão cada vez mais em alta assim como as separações.

Por essas razões, é difícil pensar em amor verdadeiro e em família feliz em meio a tantas pressões.

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