Quando se fala em amor, logo imaginamos algo, sublime, belo e carregado de afeto. Um sentimento puro que une duas pessoas.
Mas quando imaginamos o que aconteceu recentemente em Santo André, ficamos estarrecidos. Afinal como pode uma pessoa que diz amar uma outra, poder cometer um crime daquela natureza?
A resposta é: o amor patológico; uma doença que causa dependência como se fosse uma droga, só que nesse caso, a droga não é um produto químico ou álcool e sim o parceiro ou parceira.
Todos nós temos algo chamado auto-estima. Auto-estima é a opinião e o sentimento que cada um tem por si mesmo. Quando a auto-estima está baixa, por motivos diversos que podem ser originados, inclusive na infância, necessitamos de alguma compensação para fugirmos dos sentimentos depressivos.
Às vezes um relacionamento amoroso se torna a compensação ideal. Quando isso acontece, a pessoa se torna dependente da outra, pois o namoro cumpre uma função muito maior do que poderia cumprir.
A vida passa a não ter sentido nenhum sem aquele relacionamento. A paixão, que no princípio era normal, torna-se doentia. Vem o ciúmes exagerado e a pessoa envolvida se torna paranóica. Já não pensa mais em si mesma, não consegue se concentrar em nada. Nada mais importa, só manter aquele romance, mais nada, como se fosse uma droga.
O amor patológico é, na verdade uma obsessão. Pesquisas mostram que as áreas do cérebro que são ativadas quando se está interessado por alguém são as mesmas da obsessão.
O rapaz que cometeu o crime em Santo André, provavelmente não conseguia ver mais sentido em sua vida sem a namorada e o pior: não suportava a idéia de vê-la com outro.
Todos, estamos sujeitos a ter uma crise, mas quando temos um vínculo religioso bem construído, uma ligação positiva com Deus, estamos muito mais protegidos, porque no fundo, o que buscamos mesmo é a felicidade plena, aquela que atinge a nossa alma. Isso, nenhuma relação amorosa poderá suprir.
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