O amor é cego
Postado em | Escrito por: Romildo Ribeiro de Almeida
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Porquê é tão difícil terminar uma relação?

A conhecida frase “o amor é cego” torna-se verdadeira se considerarmos que muitas relações tem tudo pra dar errado ao menos aos olhos de 99,9% das pessoas que avaliam e não estão envolvidas nela. Mas quando duas pessoas estão apaixonadas uma pela outra, as diferenças, os defeitos e todas as incompatibilidades que os outros vêem, não são percebidas. Porquê?

Todos nós, temos defeitos. Já imaginaram se a mente consciente, dominada pela razão fosse decidir um relacionamento? As pessoas ficariam pensando nesses defeitos e as relações não se estabeleceriam. Logo, o futuro da espécie estaria ameaçado. Mas aí entra em ação a natureza e dá uma mãozinha provocando uma cegueirazinha na hora da decisão.

Quem decide um relacionamento é a mente inconsciente por mais que queiramos justificar as nossas escolhas, amparadas na razão. Por isso, a pessoa amada costuma parecer mais bacana aos nossos olhos do que aos olhos dos outros que não estão envolvidos na paixão.

Isto explica porque é tão difícil terminar uma relação. A mente inconsciente sempre tenta recuperar aquilo que encaramos como perda. No começo de uma relação, o cérebro experimenta várias sensações físioquímicas associadas ao prazer. Quando esse prazer é perdido, no caso de uma separação, as outras pessoas podem nos dizer: “Você fez bem em separar-se daquele cara, ele não vale nada”. Mas a pessoa envolvida emocionalmente, não pensa assim e tenta desesperadamente reaver o amor perdido.

O que aconteceu? Ficamos mais burros? Teimosos? Não. Continuamos inteligentes. Mas a inteligência racional aqui, quase não ajuda. O inconsciente ativa um sistema de busca de recompensa todas as vezes que perdemos algo muito importante. Isto explica também a compulsão do jogador em continuar apostando mesmo depois de perder. Conheço pessoas que perderam quase tudo no jogo.

Por isso, a receita para quem quer escapar desta sina, tanto no amor como no jogo, é uma só: Sofrimento! Isso mesmo. Temos que aprender a ficar longe do objeto pretendido. Na prática, temos que convencer o nosso inconsciente acostumado a buscar sempre o prazer imediato, que sofrer pode ser um bom negócio no futuro.    Para isso, tempo, trabalho, oração, diversão ajudam a passar pelo sofrimento. Se não for suficiente, só mesmo uma psicoterapia.

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