Cada vez mais, as pessoas estão investindo na busca da felicidade. É comum ouvir pessoas reclamando: Eu não estou sendo feliz. Outro dia uma adolescente me disse: Quero sair daquela escola porque eu não estou sendo feliz lá.
A felicidade parece que se tornou um objeto indispensável da nossa época. A ausência da felicidade passou a ser confundida como doença psíquica. Nomes foram dados: transtorno de humor, depressão, melancolia, distimia etc.
Os laboratórios químicos investem cada vez mais na criação de drogas que tentam nos dar conforto como se fosse felicidade, mas o máximo que conseguem trazer é dependência química.
Por outro lado, quando falamos em felicidade, a primeira ideia que nos vem à cabeça é a felicidade relacional afetiva, isso porque vivemos num mundo erotizado, dominado pelas sensações, onde a paixão ocupa um lugar central. Nesse contexto as drogas perigosas como o êxtase, LSD, entre outras, ganham importância, sobretudo, entre os jovens de classe média alta.
Pela busca desesperada atrás dessa jóia preciosa, pessoas se entregam em relacionamentos afetivos e se casam prematuramente ou simplesmente se juntam sob um mesmo teto. O pior disso é que em nome dessa mesma felicidade, se separam no momento seguinte.
Mas afinal, o que é a felicidade? Há muito tempo os poetas e compositores musicais tentam defini-la. Uma musica antiga dizia: Felicidade não existe, o que existe na vida, são momentos felizes. Esse jargão se tornou célebre e serve até hoje como justificativa àqueles que se atiram irresponsavelmente na busca pelo prazer externo, através de coisas materiais.
Outra, mais poética, dizia: Felicidade é uma cidade pequenina, é uma casinha, é uma colina, qualquer lugar que se ilumina quando a gente quer amar.
Será que a felicidade é algo que se busca no mundo externo ou no interno? Saibam que a felicidade não é um momento, nem um objeto material passageiro. Felicidade é um processo que desenvolvemos durante toda uma vida.
O que se observa no retrato dessa sociedade consumista é que quanto mais se busca, mais se afasta da felicidade e assim vamos ficando cada vez mais compulsivos e insatisfeitos.
Até quando vamos permanecer nesta busca inútil? Resposta: Até entendermos que a felicidade é um estado de espírito interno que não deve depender do que acontece fora de nós. Não depende, portanto de um bom casamento nem de uma boa condição social e financeira.
Ser feliz é reconhecer, em cada manifestação da vida, a nobreza da Criação e viver o maior exemplo de amor que já nos foi dado. Servir, sem nada esperar. Pode parecer utópico, mas é verdade. Acreditem!
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