Ser pobre ou ser rico
Postado em | Escrito por: Romildo Ribeiro de Almeida
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Qual o segredo para alcançar a felicidade?

Qual pessoa, de origem pobre, que passou por penúrias na infância, que não teve direito a brinquedos, boa alimentação e uma moradia decente não quer ficar rica? Esse é um sonho recorrente, presente na imaginação da maioria dos brasileiros.

Para uma pessoa que viveu na pobreza, ficar rico significaria exorcizar um passado miserável, comprar carros, motos, roupas de grife, viajar pelo mundo inteiro e finalmente ser feliz.

Por outro lado, analisando aqueles que gozam de bom poder aquisitivo, a coisa parece que não é bem assim. Como psicólogo encontro nas famílias de classe média alta a mesma queixa que está presente também nas pessoas pobres, ou seja: a falta de sentido na vida.

Os pobres avaliam, no entanto, que o seu problema seria facilmente resolvido se tivessem mais dinheiro. Por esta razão, muitos fazem apostas semanais na loteria, na esperança de ganhar uma grande soma que resolva todos os problemas da vida. Mas os ricos que já atingiram essa posição, também estão insatisfeitos e não se sentem felizes. Afinal, onde está a felicidade?

A resposta pode parecer romântica para alguns, mas não é. A felicidade tem que ser buscada dentro e não fora da pessoa. Da mesma forma que não se constrói uma casa sem possuir um terreno, não se constrói a felicidade dentro de um vazio.

É claro que a situação financeira influi no equilíbrio do individuo, mas não é determinante para alcançar a felicidade ou a satisfação com a vida. Basta olhar e descobrir quantas famílias levam uma vida simples e humilde e são visivelmente mais felizes em comparação com aquelas que têm alto poder aquisitivo. Schopenhauer dizia: A nossa felicidade depende mais do que temos nas nossas cabeças, do que nos nossos bolsos.

Filosofia à parte, a verdade é que o prazer obtido com as conquistas materiais não se converte em felicidade, pois perde rapidamente a sua importância. Assim, o carro novo, a casa nova ou um aumento salarial, logo deixa de produzir o efeito positivo inicial e tem que ser substituído por novos bens numa tentativa compulsiva de preencher uma necessidade interior que jamais será satisfeita dessa forma.

Deus nos deu um potencial para crescermos além de nós mesmos. A possibilidade de sair de si e se dedicar de corpo e alma a algo ou alguém num envolvimento capaz de fazer não só a vida, mas até a morte valer a pena, nos traz um verdadeiro conflito que precisa ser resolvido: pensar pequeno de maneira egoísta ou pensar grande onde o bem comum é a meta e o amor é o caminho.

Hoje, felizmente muitos jovens estão fazendo escolhas corajosas, pois estão deixando de lado carreiras promissoras no aspecto material e optando por profissões que preencham um sentido profundo que não é alcançado só com dinheiro. Estão buscando, acima de tudo, sentido existencial.

Pensar no que realmente importa na nossa vida, buscar valores humanos e ter ações práticas que visam não só o nosso bem estar, mas o bem do nosso próximo é o desafio que se coloca diante de todos que almejam a felicidade sustentável.

Devemos ter a coragem de fazer essa reflexão e mudar o nosso foco, principalmente nessa época em que se aproxima o Natal, evento maior na vida dos cristãos.

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