Paranormalidade II - Aprofundando o tema
Postado em | Escrito por: Romildo Ribeiro de Almeida
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Recebi muitas mensagens a respeito do meu último artigo desta coluna, cujo tema era Paranormalidade. A maioria das mensagens era de dúvidas, como a da leitora Aline cujo comentário foi publicado na coluna do leitor.

Reconheço, Aline, que é muito difícil aceitar que possam existir fenômenos paranormais, pois eles fogem completamente daquilo que conhecemos.

Nosso mundo é o mundo dos sentidos. Conhecemos a realidade à nossa volta através da visão, audição, olfato, tato e paladar. Mas esses cinco sentidos são limitados e não podem conhecer tudo. Existem sons que não ouvimos, mas os cachorros ouvem muito bem. Nossa visão não consegue diferenciar matizes de cores que os pássaros conseguem facilmente. Se uma águia soubesse ler, ela poderia ler este artigo há uma altura de mais de cinqüenta metros, tamanha é sua acuidade visual.

Esses exemplos não são os únicos, existem outros milhares e a conclusão que podemos tirar, é que existem fenômenos que escapam dos nossos limitados sentidos, mas nem por isso são irreais.

Para aceitarmos que existe no homem uma faculdade que não depende dos sentidos e, portanto, seja paranormal, é preciso que haja uma experiência controlada pelos métodos rígidos da ciência que comprove tal afirmação.

Essa experiência aconteceu em 1932 na Universidade de Duke nos EUA e foi comandada por J.B.Rhine, que dois anos mais tarde publicou o livro Extra Sensory Perception.

As primeiras experiências que Rhine e seus colaboradores esboçaram foram destinadas à comprovação da clarividência (adivinhar um objeto ou fato distante que, no momento da experiência, não é conhecido por ninguém presente e é independente da atividade sensorial).

Chamaram a esta faculdade espiritual do homem de psigama, as iniciais em grego das palavras inglesas extra sensory perception. O material experimental utilizado foi o baralho Zener que é composto de vinte e cinco cartas de cinco símbolos geométricos (cruz, círculo, quadrado, estrela e ondas) repetidos cinco vezes.

Os operadores que trabalharam nas primeiras experiências foram: J.G.Pratt, graduado em Psicologia, Humbert E.Pearce, estudante de Teologia e Rhine, o pesquisador. As experiências foram realizadas da seguinte forma:

Pratt e Pearce sincronizavam seus relógios e se dirigiam para locais diferentes a uma distância de uns cem metros um do outro. Pratt embaralhava as cartas e no momento combinado para o início da prova, pegava a primeira carta e sem olha-la, colocava-a com a figura para baixo no centro da mesa. Após um minuto, procedia-se da mesma forma com a carta seguinte até terminarem as vinte e cinco cartas. Depois anotava a seqüência das cartas que havia tirado e enviava em envelope lacrado ao Dr.Rhine.

Enquanto isso, Pearce que estava no outro edifício, tentava adivinhar em cada minuto, cada carta que era tirada por Pratt e no final anotava a seqüência numa folha de registro que era, também, enviada em envelope lacrado ao Dr. Rhine.

No final de 12 provas com 300 tentativas houve um total de 119 acertos o que superou em muito o esperado pelo acaso que seria de apenas 60 acertos. A probabilidade matemática de alguém acertar 119 vezes em 300 tentativas, por acaso, seria de 1/1015, um número espantoso. Outras experiências foram feitas por vários pesquisadores, utilizando sempre sujeitos normais e em todas elas os resultados foram parecidos. Se o leitor repetisse a experiência nas mesmas condições em que foram feitas aquelas, também verificaria o mesmo fenômeno.

Concluindo, fica demonstrado que existe no homem uma faculdade, que supera obstáculos, distância e tempo. Pelas suas características essa faculdade pode ser considerada espiritual e portanto, Paranormal.

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