Foi um dia trágico para toda a humanidade. Com certeza, um dia que vai mudar o rumo da história e nós, passageiros do século XXI, temos o privilégio, se é que se pode chamar isso de privilégio, de sermos testemunhas desse momento. Aquelas imagens chocantes, tão cedo não vão sair da cabeça de muitos. Eu estava lendo jornal naquela manhã comum de terça-feira, quando o telefone tocou. Do outro lado minha amiga dizia: “Romildo, vai acontecer a terceira guerra mundial! Acabaram de explodir, num atentado terrorista, as torres gêmeas de Nova York e o Pentágono em Washington nos EUA”. Ao ouvir aquilo, minhas pernas amoleceram. Eu não acreditava no que estava ouvindo. Liguei a TV e ainda pude ver a imagem terrível daquele avião explodindo contra o prédio. Minutos depois a cena inacreditável: As duas Torres gêmeas, símbolos da supremacia econômica e orgulho do povo americano vinham à baixo como se fossem um castelo de areia se transformando, em poucos segundos, numa montanha de entulho e numa imensa nuvem de poeira.
Nunca a TV mostrou algo parecido. Na era da globalização, tudo acontece ao vivo. As redes de TV deram o show. As cenas lembravam as catástrofes que só víamos no cinema, mas ali tudo era real. Hoje, não se fala em outra coisa. Os americanos exigem vingança. O índice de aprovação da população ao revide, chega a 94%. O presidente Bush declara que os Estados Unidos estão em guerra contra os terroristas, mas a questão é: Cadê eles? Quem são? Existem suspeitas sobre o milionário Saudita e inimigo número 1 dos EUA, Osama Bin Laden, mas enquanto escrevo este texto, nada foi provado. Essa comoção popular pode gerar uma carnificina contra pessoas inocentes. Nunca a pergunta sobre o que vai acontecer daqui pra frente se tornou tão sem resposta. Que tipo de mundo espera pelas nossas crianças? Como o ser humano pode alimentar o ódio e matar pessoas em nome de Deus? Para entender temos que saber um pouco mais sobre religiões, conflitos religiosos e principalmente sobre Islamismo.
O termo Islamismo refere-se a Islã que era a religião fundada pelo profeta Maomé (570-632) que teria recebido de Alá (Deus) a revelação escrita no Corão ou Alcorão, livro sagrado para os muçulmanos que contém o modelo imperativo de vida para eles. Até aí tudo bem. Só que os Muçulmanos radicais acreditam que não pode haver uma sociedade com princípios Islâmicos se não houver também um Estado Islâmico. Então ocorre uma mistura de doutrina religiosa com ideologia política e o Islamismo passa a ser também uma forma de governo que impõe as regras descritas no Alcorão aos governados, criando vários grupos de fanáticos dispostos a tudo para defender suas idéias. Uma de suas crenças é na Guerra-Santa (Jihad) em que todos aqueles que morrerem defendendo a religião muçulmana, serão levados diretamente ao paraíso. Isso explica porque uma multidão de fanáticos está disposta a se explodir contra inimigos do Islã, no caso Estados Unidos, considerado por eles como o “Grande Satã” e Israel.
Mas temos que tomar cuidados para não generalizar. Nem todos os Árabes são muçulmanos, nem todos os Muçulmanos são radicais fanáticos, os Estados Unidos não são o “Grande Satã”, mas estão longe de ser o “Império do bem”. Osama Bin Laden que hoje é tratado como monstro, foi no passado treinado e financiado por eles mesmos.
Enfim, o cenário de guerra está pronto. Só nos resta agora fazer uma grande corrente de orações e torcer muito para que o jeitinho brasileiro de se resolver conflitos seja exportado para eles, ou seja: Seria bom se tudo isso terminasse em esfiha.
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