O homem em busca de si mesmo
Postado em | Escrito por: Romildo Ribeiro de Almeida
0 Comentário

Do mito da beleza física à descoberta da alma

Feche os olhos, tente mergulhar no silêncio e diminua gradativamente a percepção do seu corpo, tentando sentir apenas a respiração cada vez mais lenta. Depois de alguns minutos vo

Provavelmente o leitor nunca tentou fazer esse exercício. Mas agora faça outra experiência, mais fácil: Vá até o espelho e olhe a sua imagem refletida. Veja o seu rosto, observe os diversos detalhes que compõe a sua natureza física. Avalie a forma do seu nariz, o contorno da sua boca, o brilho dos seus olhos e a cor dos seus cabelos. Com certeza, isso você faz todos os dias.

Infelizmente é assim, o nosso existir é quase todo reduzido à consciência do corpo. Vivemos em função do mundo físico como se a única realidade confiável e segura fosse aquela que se apresenta diante dos nossos olhos e ouvidos ou aquela que podemos tocar com as nossas mãos.

Mas temos que saber que esta forma de conhecimento é falha já que os nossos sentidos são limitados. Se nos compararmos com os animais irracionais, veremos, por exemplo, que os cachorros, ouvem sons que não conseguimos ouvir, sentem odores tão específicos que encontrariam um objeto enterrado no chão e uma águia se pudesse ler, conseguiria ler este artigo há dez metros de altura.

Definitivamente em termos de captação da realidade física, a natureza privilegiou muito mais os animais irracionais do que a nós humanos.

Mas porque será que o ser humano dá tanto valor ao conhecimento sensorial? Os nossos valores são na maioria das vezes, formados a partir dos nossos sentidos. Dizemos sempre: sou bonito, sou feio, sou gordo, sou magro, fulano é lindo, isto é gostoso, etc.

Os sentidos não são assim, tão confiáveis quando queremos conhecer a nós mesmos ou aos outros e, portanto, deveriam ter uma importância menor, mas não é o que acontece.

Por outro lado, vejamos: Temos uma grande vantagem sobre os animais. Só nós humanos, temos consciência da nossa existência, podemos refletir sobre a vida, podemos decidir nosso futuro, rir das nossas tragédias e construir nossa própria história. Só o ser humano pode ser bom ou ruim por escolha própria.

Mas apesar disso, gastamos o nosso tempo e o nosso dinheiro, buscando o belo, segundo a lógica dos sentidos, mesmo sabendo que o tempo destruirá tudo e que no fim das contas, vamos ficar só com o que somos de verdade: A nossa alma, a nossa essência.

Precisamos deixar um pouco de lado a busca pela beleza física e descobrir a beleza do nosso ser, aquela que não depende de cosméticos e nem de cirurgias. Precisamos resgatar a nossa verdadeira identidade de filhos de Deus, feitos à sua imagem e semelhança; aquele ser que não envelhece, pois ao contrário, o tempo o deixa cada vez mais belo.

Entre em contato!


Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.