Ano Novo, Rituais velhos
Postado em | Escrito por: Romildo Ribeiro de Almeida
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Todos os anos a história se repete e este ano não vai ser diferente. Logo vamos assistir na telinha a retrospectiva 2001 com cenas de atentados, seqüestros, mortes e tudo aquilo que marcou esse ano. Depois vêm os famosos astrólogos, videntes e adivinhos, fazendo todo tipo de previsão para o futuro do país, prevendo desgraça para alguns e sorte para outros.

         Com certeza, também não faltarão as famosas simpatias que serão ensinadas para que todos tenham muita sorte na virada do ano. Os nossos “professores” da TV não esquecerão de recomendar-nos o uso de roupas brancas, o prato de lentilhas, os caroços de romã e como não poderia deixar de ser, os famosos sete pulinhos nas ondas do mar.

         Por outro lado, a vida do povo que já não é boa e a descrença na capacidade dos nossos governantes em mudar essa situação, faz com que muitos acreditem nesses rituais mágicos na esperança de que a coisa melhore.

Essas práticas não fariam mal algum à fé cristã se fossem simples brincadeiras sem nenhum propósito mágico e livres de expectativas quanto ao seu resultado.

Não é o que acontece. As pessoas se entregam a essas práticas acreditando piamente nos seus poderes. Esse comportamento supersticioso afeta negativamente a relação do indivíduo com Deus, pois, no caso, a crença divina é substituída pela crença nos rituais mágicos o que, certamente o conduz para um caminho errado de busca material ao invés do caminho de salvação.

Todavia, a questão principal é: Esses rituais funcionam? A resposta é: não. O que ocorre é o efeito “propter hoc”. Esse nome deriva de uma frase em latim: “Post hoc ergo propter hoc” que em português significa: “Se algo acontece depois disso, então é devido a isso”. Aqueles que comeram lentilhas e se deram bem no resto do ano tornarão a fazê-lo no ano seguinte. Não existe uma relação de causa e efeito, mas a pessoa pensa que sim.

Agora por que a mídia incentiva essas bobagens, não sei. Deve ser porque eles não querem que sejamos conscientes e prefiram que continuemos cada vez mais alienados.

Portanto, ou mudamos essa história ou terei que desejar a todos: “Boa sorte!”

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