Cheong-Gye A incrivel historia do rio que ressuscitou
Postado em | Escrito por: Romildo Ribeiro de Almeida
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Em Seul, capital da Coreia do Sul, há um exemplo que deve ser observado, seguido e estudado. Trata-se do projeto de despoluição e revitalização de um córrego que há seis anos estava morto. O governo local construiu inclusive uma pista para carros cobrindo o rio e sobre esta, um elevado semelhante ao minhocão de São Paulo. Literalmente, o córrego estava morto e sepultado.

Mas numa iniciativa sem precedentes, a prefeitura de Seul demoliu e removeu as pistas expressas para carros que cobriam o rio, promovendo mudanças que o tornaram o novo cartão postal da cidade.

Hoje, nesse rio, corre água limpa e cristalina, tem peixes, aves e plantas. Pessoas de todas as partes do mundo visitam o local que, além de ponto turístico, é também um exemplo de cura e de esperança, não só para o meio ambiente, mas para todos nós. A meu ver, é a vida vencendo a morte.

Eu não resisto em fazer aqui, uma associação à festa da Páscoa, que revive a morte e ressurreição de Nosso Senhor Jesus Cristo. O significado prático desta festa para nós cristãos é trazer a esperança da vida que ressurge mostrando que a morte não é o fim de tudo.

Creio que a maioria dos cristãos, perde a oportunidade de ampliar o significado desta festa, ficando apenas no aspecto do ritual religioso.

A agonia de Jesus no calvário e a sua ressurreição, nos dá a idéia de morte e vida. Nos traz, portanto a esperança de cura. Afinal, a Sua morte, num primeiro momento, significava o fim, algo que estava morto, que perdeu sua função, mas, de repente, ressurgiu, renasceu. Quantas situações de morte também vivemos nos acontecimentos diários? Quantos objetos ou pessoas ao nosso redor perderam a sua função?

Seria interessante e produtivo se, paralelo à nossa prática ritualística, pudéssemos ver além de nós mesmos e enxergássemos a morte. Não a morte como a conhecemos, mas aquela morte presente numa praça sem vida, numa planta morrendo, numa pessoa que sofre porque perdeu a dignidade ou porque não, até numa cadeira quebrada.

Poderíamos, sim, promover intervenções fazendo ressurgir a vida, ou seja, devolver a elas a função perdida, mergulhando numa autêntica experiência renovadora e vivendo a fé na sua dimensão concreta.

Numa época em que só ouvimos falar de crise, guerra e violência, faltam experiências concretas de paz e ressurreição. Afinal, Páscoa é vida.

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