Sei que o que vou escrever nesta coluna não agradará muitas pessoas, mas não suporto ver milhares de jovens, adultos e até crianças consultando horóscopo todos os dias. Vivem a ilusão de que o dia vai ser bom porque o horóscopo é favorável ou ficam preocupadas quando o horóscopo recomenda-lhes cautela naquele dia. Mas, afinal, o que há de verdade nisso tudo? O que é Astrologia? É ciência?
Primeiramente temos que diferenciar Astrologia de Astronomia, pois muitos pensam que é a mesma coisa. Astronomia é ciência e muito antiga por sinal. Já nos tempos antes de Cristo se estudava os movimentos dos corpos celestes com finalidades práticas ou religiosas. No século XVI, Kepler, Galileu e Copérnico estabeleceram as bases da Astronomia clássica e graças a essa ciência, hoje sabemos a distância precisa e a relação entre a Terra e outros planetas do sistema solar. Sabemos também da existência de outras galáxias, da ocorrência de eclipses, passagens de cometas, enfim de tudo que acontece no espaço sideral. Isto é Astronomia e é ciência.
Vejamos agora a Astrologia. A Astrologia propõe-se em particular, a predizer o futuro de cada pessoa em função da posição dos astros no momento do seu nascimento. Só que já começa errado, pois os signos do Zodíaco correspondem aos nomes das constelações com as quais coincidiam há mais de 2000 anos. Como todo o universo está em constante movimento, a posição dos planetas hoje já não é a mesma daquela época. Segundo cálculos atuais, existe uma defasagem entre um signo e outro de pelo menos uma unidade. Sendo assim, quem nasce hoje sob o signo de Áries, na verdade seria de Peixes, quem nasce na de Gêmeos seria Touro e assim por diante. Isto sem falar que existe ainda uma décima terceira constelação localizada entre Escorpião e Sagitário batizada de Ofícuo ou serpentário e que não é levada em conta no Zodíaco.
De qualquer forma, Astrologia seria o estudo das influências dos astros nos acontecimentos da Terra, sobretudo no destino das pessoas, grupos ou nações. Isto começou a acontecer porque os antigos perceberam que os ciclos naturais dos dias e das noites até das estações do ano estavam associados a acontecimentos no céu. Como os antigos tinham uma visão de mundo mítica, acreditavam que o destino do homem também estava sujeito a estes acontecimentos.
É exatamente aí que a Astrologia deixa de ser ciência e passa a ser apenas arte divinatória sem o menor fundamento. Pois, se não vejamos:
Se o pressuposto da Astrologia é a influência dos astros sobre as pessoas, por que essas influências só acontecem a partir do nascimento? Lembrem-se, o signo de cada pessoa é determinado conforme a data do seu nascimento. Não deveria ser a da concepção? Ou será que o ventre materno funcionaria como uma espécie de proteção impedindo essas forças de agirem? Seria ridículo pensar isto, pois sabemos que o feto sente desde os primeiros meses, os estímulos externos. Isto derruba completamente a base teórica da Astrologia. Se quiséssemos saber qual é o nosso signo real, teríamos que perguntar aos nossos pais, em que dia exato eles nos fizeram, pois se os astros influenciam nossa vida, têm que fazê-lo a partir do início dessa vida, que como sabemos é o sagrado dia em que um espermatozóide se encontrou com um óvulo e nada mais.
Agora, é de doer ver gente que escolhe o namorado ou namorada baseado no signo achando que peixes combina com aquário, leão não combina com touro, carneiro não gosta de escorpião e assim por diante. Pior ainda é saber que até algumas empresas levam em conta o signo na hora de contratar um funcionário. É o fim.
Deveríamos sim, resgatar o verdadeiro signo que recebemos de Deus, desde o dia em que fomos convidados a existir neste mundo. Estou falando do signo da Santíssima Trindade ou seja, eu existo por obra e influência do Pai, do Filho e do Espírito Santo. E basta.
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