Postado em | Escrito por: Romildo Ribeiro de Almeida
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O suicídio é um assunto que, só de falar já causa mal estar e, portanto é difícil de abordar, mas precisamos ter coragem para encarar esse problema que atinge milhares de pessoas no mundo inteiro e está entre as dez maiores causas de morte em todos os países.

O impacto psicológico e social do suicídio em uma família e na sociedade é incalculável. Só para se ter uma idéia, em média, um único suicídio afeta pelo menos outras seis pessoas.

O suicídio é um fator de risco significativo na depressão não reconhecida e não tratada. De acordo com a Organização Mundial de Saúde, o risco de suicídio entre pessoas que sofrem algum tipo de transtorno de humor (depressão), é de 6 a 15%. Desse montante, 80% morrem sem ter se tratado com um profissional de saúde mental.

A psicologia popular que prega que quem fala em suicídio não o pratica, em nada contribui nessa situação uma vez que em 80% dos casos de suicídio, as pessoas falaram com parentes ou amigos sobre o desejo de se matar e não foram levadas a sério.

A reação mais comum das pessoas, diante de um acontecimento como esse, é querer reduzi-lo à uma tragédia pessoal. Normalmente, o que se pensa de um suicida é que ele era um fraco, mas isso não é verdade, pois é preciso muita coragem e força para quebrar o instinto de auto preservação, que conhecemos até nos animais.

Na verdade o que o suicida busca não é a morte, mas sim o alívio do sofrimento, pois não suporta mais conviver com a própria existência.

Quando tomamos conhecimento de um caso de suicídio, temos que nos perguntar: Que tipo de sociedade estamos formando? Por que as pessoas se sentem tão sozinhas em meio a tanta gente? O que eu poderia ter feito? É difícil encontrar respostas, mas a saída é transformar esse silêncio num grito de decisão de mudar nossa própria maneira de viver.

Quem sabe um dia, depois de tanta busca por coisas materiais, possamos descobrir que o nosso verdadeiro sentido existencial não está em nós mesmos. Daí quem sabe, encontraríamos a felicidade no simples ato de amar e servir. Só então sentiríamos que esta vida vale mesmo a pena. Afinal, não foi isto que Jesus ensinou?

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