No ano em que a nossa diocese celebra os seus vinte e cinco anos, nada melhor do que fazermos uma reflexão a respeito da importância de se ter uma religião, dando motivações aqueles que estão afastados da igreja por considerar que professar um credo religioso é algo cafona e fora de moda.
Como psicólogo, vejo que, numa época de alto desenvolvimento tecnológico, o ser humano está perdendo os seus valores primordiais e necessita, mais do que nunca, de uma relação com Deus, e esses valores só podem ser encontrados numa religião verdadeira e não nas seitas.
É muito comum hoje encontrar pessoas que dizem acreditar em Deus mas não tem nenhuma religião. Essas pessoas buscam individualmente ou nas seitas atender muito mais suas necessidades materiais e psicológicas do que experiência religiosa propriamente dita.
Por outro lado, quando nasce uma criança, a preocupação básica dos pais é com o seu futuro, mas com o futuro profissional, como se a felicidade estivesse relacionada somente com uma boa carreira. Para isso investem logo cedo em cursos de informática e idiomas nutrindo-a cada vez mais de informações.
O resultado é que estamos presenciando o surgimento de uma sociedade formada por pessoas cada vez mais inteligentes do ponto de vista intelectual só que empobrecidas de fé e afastadas dos valores sagrados e religiosos. Qual a conseqüência disso no futuro da humanidade? Se estudarmos o pensamento de Carl Gustav Jung, um dos maiores cientistas do século XX, temos que ficar preocupados.
Segundo ele as grandes catástrofes da humanidade são sempre precedidas da repressão da função religiosa. Assim aconteceu na Revolução francesa (a função religiosa foi reprimida pelo movimento iluminista) e na segunda guerra mundial onde a idéia de purificação racial defendida por Hitler, precedeu o holocausto onde morreram milhões de judeus.
A questão fica assim: Ou o ser humano se engaja numa religião verdadeira que possui um sistema que o liga ao sagrado formando, consequentemente, uma sociedade mais equilibrada, ou vamos assistir a uma catástrofe mundial que já deve estar em marcha, a julgar pelos acontecimentos que estamos presenciando no dia a dia pelo mundo afora.
Que o jubileu de nossa diocese seja uma semente de resistência a essa ameaça.
Deixe um comentário