Terceira Idade - Eterna Juventude? Não Caia Nessa!
Postado em | Escrito por: Romildo Ribeiro de Almeida
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Envelhecer num país que supervaloriza a juventude e despreza a velhice não fácil. Até mesmo nos programas de televisão, quando mostram um bom exemplo de velhice, aparece um idoso ou idosa saltando de paraquedas, andando de moto ou dançando rock numa balada rodeado de jovens.

De maneira subliminar estão querendo dizer: O idoso ideal é aquele que imita os jovens, ou posto de outra forma: A velhice é um mal que tem que ser escondido a qualquer custo enquanto que o bom idoso é aquele que se traveste de jovem. Mas afinal, qual é o ideal de velhice?

É claro que do ponto de vista de uma sociedade capitalista que depende do consumo para progredir, interessa muito mais um jovem impulsivo e ansioso para obter prazer e felicidade o mais rápido possível, do que uma pessoa madura que já viveu o bastante para aprender a decidir as coisas com prudência e cautela.

A realidade é que o jovem consome muito mais do que os mais velhos e, portanto, é um alvo mais valorizado pelas propagandas. Até aí, tudo bem, afinal a lógica do mercado é sempre ganhar mais e mais. O que não podemos de forma alguma é engolir passivamente essa lavagem cerebral apresentada diariamente nos meios de comunicação que tenta nos empurrar e fazer acreditar no mito da eterna juventude.

Há muito tempo, estão tentando vender aos velhos a ideia de que é possível ficar jovem. Essa indústria vende cremes antirrugas até comprimidos para impotência, sem falar das cirurgias plásticas que prometem o milagre do rejuvenescimento.

A estratégia é: primeiro fazer as pessoas acreditarem que velhice é doença, depois fazer-nos comprar o remédio para alcançar a “cura” com o slogam: Só é velho quem quer.

IdosoO Brasil, mais do que nunca, precisa aprender a valorizar os idosos. Estamos indo em direção ao envelhecimento populacional. De acordo com dados do Censo 2010, realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), há mais pessoas com idade acima de 65 anos do que abaixo de quatro anos.

Para aprender a lidar com esse fenômeno, nada como olhar o exemplo dos outros países, especialmente o Japão e a China que tratam o idoso com o devido valor. Nesses países, a velhice é sinônimo de sabedoria e respeito pela vasta experiência acumulada em seus longos anos de vida.

É interessante saber que no Japão os idosos são consultados sobre decisões importantes, não só nas questões de família, como também nos grupos sociais, especialmente nos destinos políticos da sua localidade.

Na nossa sociedade é considerado indiscrição perguntar a idade à uma senhora. Nos países orientais, o idoso diz com orgulho quantos anos tem por uma razão simples: Viver longos anos é uma dádiva de Deus e não uma vergonha.

No Japão, o dia do idoso é comemorado com festa e é feriado nacional. Aqui temos muitos feriados sem relevância que poderiam muito bem dar lugar ao Dia do Idoso.

Há muito por fazer, mas precisamos começar a mudar esse quadro, respeitando e ensinando as crianças a respeitar os idosos. Não é justo que aqueles que se sacrificaram e se doaram pelo benefício da família sejam jogados à margem só porque são velhos. Afinal, o jovem de hoje será o idoso de amanhã.

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