Postado em | Escrito por: Romildo Ribeiro de Almeida
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Existem problemas humanos que só a humildade e o perdão podem resolver.

Se olharmos para um relógio quebrado durante um dia inteiro, veremos que pelo menos em dois momentos do dia ele estará correto. Estar certo ou estar errado exige um julgamento que envolve valores e valores em termos sociais é um conjunto de regras estabelecidas para uma convivência saudável dentro de uma sociedade.

Então como saber se eu tenho razão ou não tenho razão? Esta será sempre uma resposta subjetiva. Se expusermos um determinado problema a um amigo muito próximo e pedirmos a ele uma opinião sincera, muito provavelmente, por uma questão de fidelidade, ele dirá que estamos profundamente certos e esta resposta nos deixará extremamente satisfeitos.

Todavia, a simples necessidade de perguntar a opinião dos outros expõe a nossa dúvida e revela a nossa fragilidade e quanto maior for a dúvida maior será a incerteza.

A verdade é que temos uma necessidade imensa de estar certos e assim, tentamos transferir a responsabilidade ao outro. Seja numa relação entre amigos, parentes ou vínculos afetivos. É difícil escapar dessa maneira narcísica de julgar acontecimentos que envolvem emoções, sobretudo quando estamos dentro da questão. Como resolver então?

Humildade

A melhor ferramenta chama-se humildade. E o que é humildade? Humildade é a virtude que dá o sentimento de exatidão da nossa fraqueza. É a característica de pessoas francas, que aceitam a verdade e que têm senso de realidade apurado. A pessoa humilde reconhece os seus erros e acertos com a mesma naturalidade. Não subestimam, nem supervalorizam fatos, pessoas, coisas ou a si mesmos. Com a mesma humildade que recebem elogio, recebo também uma critica, por mais ofensiva que essa possa parecer.

Se fôssemos humildes, relacionamentos interrompidos seriam refeitos, casais se reconciliariam, amigos se reencontrariam, a paz seria selada dentro da família, as nações pregariam uma nova ordem e o mundo todo respiraria uma nova aurora chamada de paz.

Se o Natal é um tempo de paz e de esperança e isto é propagandeado até mesmo nos comerciais que inundam a TV, nas luzes coloridas que enfeitam a cidade, como cristãos devemos reconquistar essa bandeira que pertence legitimamente ao que Jesus Cristo nos ensinou. Em toda sua história, do nascimento, passando pelo sofrimento crucifixão e glória, Ele não falou em coisa que não fosse humildade e perdão.

“como cristãos devemos reconquistar essa bandeira que pertence legitimamente ao que
Jesus Cristo nos ensinou.”

 Portanto, termino esse artigo parafraseando um pensamento de Charles Chaplin:

“Pensamos demasiadamente, sentimos muito pouco, necessitamos mais de humildade que de máquinas. Mais de bondade e ternura que de inteligência. Sem isso, a vida se tornará violenta e Tudo se perderá.”

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